quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Oh meu rico capacete!

Pois é, este fim-de-semana passado acabei de contrair uma dívida de gratidão para com o meu capacete de btt.
A passagem ocorreu já no final da voltinha Domingueira, depois de fazer muitos kms em terra batida subindo montes e descendo vales fui cair já perto de casa em estrada de alcatrão, uma queda muito aparatosa que deixou muitas marcas físicas do meu corpo e alguma apreensão nos rostos dos meus colegas.
Proveniente dum completo disparate da minha parte, um sprint final com alguns (poucos) dos meus colegas levou-me a experimentar a dureza do alcatrão das nossas estradas, o espírito competitivo que me está intrínseco leva-me a pequenos desafios até nestas pequenas voltas Domingueiras, mas reflectindo e dormindo sobre o assunto questiono-me, será isto reflexo do meu espírito competitivo ou da fraqueza do meu autocontrolo? Sendo eu um atleta que gosta de fazer, e só faz provas de resistência, o impulso de fazer um pequeno sprint é notoriamente uma fraqueza do domínio do autocontrolo, não tendo necessidade de os fazer durante as provas que realizo, porque os hei-de treinar?
Esta queda aparatosa que por sinal poderia ter sido bem grave, não fosse o meu querido e indispensável capacete, para além das feridas expostas deixou completamente explícito a real e indispensável necessidade do uso frequente do capacete nas nossas deslocações diárias de bicicleta, digo-vos que na minha mente só tenho a recordação do barulho do capacete a embater na chão e depois a arrojar, o primeiro membro a embater no solo foi a minha cabeça, depois todo o resto do corpo deslizou um metro ou dois por esse alcatrão fora, agora já podem imaginar a falta de capacete o estrago que faria? Sinto uma enorme dívida de gratidão para com o meu capacete, olho para ele como um grande herói, que me salvou de um estado indesejável.
Esta má experiência vivida por mim, obriga-me a alertar todos os nossos colegas do pedal e outros utilizadores deste meio de transporte para o uso ininterrupto do capacete, em todos as nossas voltas sejam elas de estrada ou de BTT, idas ao café, ou pequenas voltas que acabamos por fazer e não colocamos o capacete, ou até mesmo os nossos filhos nas brincadeiras de bicicleta lá por casa, uma simples queda em que a cabeça seja o primeiro membro a bater no chão poderá ser fatal, e nós não podemos escolher a data hora e local para ela acontecer…
Nós que pedalamos com alguma regularidade temos o dever e a obrigação de transmitir estas e outras experiências a todos aqueles que acham o uso do capacete perfeitamente desnecessário e acessório.

Eternamente grato ao meu capacete…  

Paulo Cruz